segunda-feira, 18 de abril de 2011

Confia Sempre



Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.

Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.

Crê e trabalha.

Esforça-te no bem e espera com paciência.

Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá.

De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.

Eleva, pois, o teu olhar e caminha.

Luta e serve. Aprende e adianta-te.

Brilha a alvorada além da noite.

Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte...

Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

* * *

Meimei

(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Laços de Afeto


Do poeta e escritor gaúcho Mário Quintana, encontramos uma preciosidade que fala sobre algo muito simples: um laço.

Escreveu ele: Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... Uma fita... Dando voltas.

Enrosca-se, mas não se embola. Vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.

É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.

E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... Devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.

Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.

E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

Ah, então, é assim o amor, a amizade.

Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.

Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.

Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.

E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.

Então o amor e a amizade são isso...

Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.

Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!

* * *

Tem toda razão o poeta em sua analogia. Amor e amizade são sentimentos altruístas.

Quem ama somente deseja o bem do ser amado. Por isso, não interfere em suas escolhas, em seus desejos.

Sugere, opina, mas deixa livre o outro para a tomada das próprias decisões.

Quem ama auxilia o amado a atingir seus objetivos. Nunca cobra o ofertado, nem exige nada em troca.

Quem ama não aprisiona o amado, não o algema ao seu lado. Ama e deixa o amado livre para estender suas asas.

Assim crescem os dois, pois há espaços para ambos conquistarem.

Na amizade, não se faz diferente o panorama. O verdadeiro amigo não deseja que o outro pense como ele próprio pois reconhece que os pensamentos são criações originais de cada um.

Entende que o amigo é uma bênção que lhe cabe cultivar e o auxilia a realizar a sua felicidade sem cogitar da sua própria.

Sente-se feliz com o bem daquele a quem devota amizade. Entende que cada criatura humana é um ser inteligente em transformação e que, por vezes, poderão ocorrer mudanças na forma de pensar, de agir do outro.

Mudanças que nem sempre estarão na mesma direção das suas próprias escolhas.

O amigo enxerga defeitos no coração do outro, mas sabe amá-lo e entendê-lo mesmo assim.

E, se ventos diversos se apresentam, criando distâncias entre ambos, jamais buscará desacreditar ou desmoralizar aquele amigo.

Tudo isso, porque a ventura real da amizade é o bem dos entes queridos.

Um laço que ata... Um laço que se desata..

Aqueles a quem oferecemos o coração, poderão se distanciar, buscar outros caminhos, atravessar outras fronteiras.

Eles têm o direito de assim proceder, se o desejarem. De nossa parte, lembremos da leveza do laço e cuidemos para que não se transforme em nó, que prende e retém.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Lucrará Fazendo Assim


Reconforte o desesperado. Você não escapará as tentações do desânimo nos círculos de luta.

Levante o caído. Você ignora onde seus pés tropeçaram.

Estenda a mão ao que necessita de apoio. Chegará seu dia de receber cooperação.

Ampare o doente. Sua alma não esta usando um corpo invulnerável.

Esforce-se por entender o companheiro menos esclarecido. Nem sempre você dispõe de recursos para compreender como é indispensável.

Acolha o infortunado. Nem sempre o céu estará inteiramente azul para seus olhos.

Tolere o ignorante e ajude-o. Lembre-se de que há Espíritos Sublimes que nos suportam e socorrem com heróica bondade.

Console o triste. Você não pode relacionar as surpresas da própria sorte.

Auxilie o ofensor com os seus bons pensamentos. Ele nos ensina quão agressivos e desagradáveis somos ao ferir alguém.

Seja benévolo para com os dependentes. Não se esqueça de que o próprio Cristo foi compelido a obedecer.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Caridade do Pensamento



Sabemos todos que o pensamento é onda de vida criadora, emitindo forças e atraindo-as, segundo a natureza que lhe é própria.

Fácil entender, à vista disso, que nos movemos todos num oceano de energia mental.

*

Cada um de nós é um centro de princípios atuantes ou de irradiações que liberamos, consciente ou inconscientemente.

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Sem dúvida, a palavra é o veículo natural que nos exprime as idéias e as intenções que nos caracterizem, mas o pensamento, em si, conquanto a força mental seja neutra qual ocorre à eletricidade, é o instrumento genuíno das vibrações benéficas ou negativas que lançamos de nós, sem a apreciação imediata dos outros.

Meditemos nisso, afastemos do campo íntimo qualquer expressão de ressentimento, mágoa, queixa ou ciúme, modalidades do ódio, sempre suscetível de carrear a destruição.

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Se tens fé em Deus, já sabes que o amor é a presença da luz que dissolve as trevas.

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Cultivemos a caridade do pensamento.

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Dá o que possas, em auxílio aos outros, no entanto, envolve de simpatia e compreensão tudo aquilo que dês.

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No exercício da compaixão, que é a beneficência da alma, revisa o que sentes, o que desejas, o que acreditas e o que falas, efetuando a triagem dos propósitos mais ocultos que te inspirem, a fim de que se traduzam em bondade e entendimento, porque mais dia menos dia, as nossas manifestações mais íntimas se evidenciam ou se revelam, inelutavelmente, de vez que tudo aquilo que colocarmos, no oceano da vida, para nós voltará.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Paciência.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Afabilidade e Doçura



No exercício da afabilidade e da doçura, que atrairá em teu favor as correntes da simpatia, compadece-te de todos e guarda, acima de tudo, a boa vontade e a sinceridade no coração.

Não será porque sorrias a todo instante que conseguirás o milagre da fraternidade. A incompreensão sorri no sarcasmo e a maldade sorri na vingança.

Não será porque espalhes teus ósculos com os outros que edificarás o teu santuário de carinho. Judas, enganado pelas próprias paixões, entregou o Mestre com um beijo.

Por outro lado, não é porque apregoas a verdade, com rigor, que te farás abençoado na vida; a irreflexão no serviço assistencial agrava as doenças e multiplica os desastres.

Com a franqueza agressiva, embora tocada de boas intenções, não serás portador do auxílio que desejas, conseguindo gerar tão somente o desespero e a indisciplina.

Não será com o elogio público ou com a acusação aberta que ajudarás ao companheiro; quase sempre, o louvor humano é uma pedra no caminho e a queixa, habitualmente, é uma crueldade.

Sorrisos e palavras podem estar simplesmente na máscara. Na alegria ou na dor, no verbo ou no silêncio, no estímulo ou no aviso, acende a luz do amor no coração e age com bondade.

Cultivemos a brandura sem afetação; e a sinceridade, sem espinhos. Somente o amor sabe ser doce e afável, para compreender e ajudar, usando situações e problemas, circunstâncias e experiências da vida, para elevar nosso espírito eterno ao templo da luz divina.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Escrínio de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. O Clarim.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Poema de Ano Novo






Ter asas é Dançar na chuva...

É plantar uma árvore...

Ver a inocência nos olhos de uma criança...

É ficar bem quietinho ao lado da pessoa amada...

É subir uma montanha...

É encontrar os amigos e não falar nada importante, Mas falar, falar muito...

É cantarolar uma música antiga...

É arrumar as gavetas, e dar um monte de roupa para quem precisa...

É andar sem rumo, só por andar...

É falar sozinho...

É sorrir para aquele velhinho lá da praça...

É ficar sentado na cozinha, assistindo a mãe fazer bolo...

! Ter asas é raspar a panela de brigadeiro com os dedos...

É brincar...

É rir de si mesmo...

E ficar de bobeira...

É tomar um banho de cachoeira, nadar em um rio...

Ir para a praia, se cobrir de areia e pegar jacaré...

Do dia a dia...

Ter asas é ficar em silêncio e ouvir dentro da gente, o Deus Emanuel.

Que você tenha asas como das águias!!!!

Que a lua e as estrelas emprestem um pouco do seu brilho, para iluminar o novo ano,

e que Deus nos dê "asas de águia" para voarmos bem alto na construção de um mundo melhor.


Poema retirado do site do Padre Marcelo