O conhecimento liberta da ignorância. Todavia, somente a sua aplicação liberta do sofrimento. há uma expressiva diferença entre a teoria e a prática, em todos os segmentos da humanidade. * A teoria ensina. Porém, a prática afere-lhe o valor. Não basta saber. É imprescindível utilizar o que se conhece. O conhecimento, em verdade, amplia os horizontes do entendimento. Não obstante, a sua aplicação alarga as paisagens da vida. A mente conhecedora deve movimentar as mãos no uso desses valiosos recursos. * O conhecimento de importância é aquele que pode mover essas conquistas em favor do bem do seu possuidor, assim como do meio social onde este se encontra. Nula é a informação que não produz bênçãos, nem multiplica as disposições da pessoa para a ação útil. * Conhecendo saberás que a tua renúncia auxilia a comunidade, sem que esperes a abnegação dos outros a teu benefício. O conhecimento superior estimula à imediata atividade. Acumular informações sem finalidade prática, transforma-se em erudição egoísta que trabalha em benefício da presunção. * Tens a obrigação de conhecer para viver. Simultaneamente, deves viver praticando os salutares esclarecimentos que armazenas, contribuindo para uma existência realizadora, humana e feliz. * Quando leias, exercita a praticidade do contributo cultural que assimilas. O tempo urge, e as oportunidades de aplicação constituem tuas chances de progresso como de paz. * Conta-se que célebre monge budista, estudando algumas suras, descobriu que se não devia utilizar da pele de animais para conforto pessoal. De imediato, levantou-se do catre e dali retirou o couro de um urso que lhe servia de apoio macio sobre as ripas da enxerga áspera. Prosseguindo a leitura, porém, encontrou assinalado que, no entanto, se poderia usar a pele dos animais, quando se estivesse enfermo, esquálido ou envelhecido, a fim de ter diminuídas as penas e dores. Ato contínuo, tomou da mesma com respeito, colocou-a no lugar de onde a retirara, sentou-se sobre ela e continuou a ler... Conhecimento que não transforma em utilidade, pode ser qual "sepulcro caiado por fora", ocultando vérmina e morte por dentro, responsável pelo bafio do orgulho e da ostentação. |
* * * Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. 2a edição. Salvador, BA: LEAL, 1990. |
domingo, 7 de novembro de 2010
Teoria e prática
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